Química Verde
Em 1998, junto com o químico da Polaroid John Warner, Anastas apresentou seus 12 Princípios da Química Verde. Em essência eles são:
1. Produzir o mínimo de rejeito possível
2. Projetar processos químicos que façam uso de cada molécula que você puser neles
3. Não usar reagentes nocivos; não produzir produtos secundários nocivos
4. Desenvolver novos produtos menos tóxicos
5. Usar solventes mais seguros, e menor quantidade deles
6. Ser eficiente em energia
7. Usar matérias-primas que possam ser substituídas
8. Projetar reações que produzam apenas as substâncias químicas que você precisa
9. Fazer uso de catalisadores para aumentar a eficiência
10. Desenvolver produtos que se degradem com segurança na natureza
11. Monitorar reações para evitar desperdício e produtos secundários perigosos
12. Escolher abordagens que minimizem acidentes, incêndios e explosões
Os 12 Princípios dizem respeito a ser mais eficiente com aquilo que se usa e cria, e a valorizar as substâncias químicas que são menos perigosas para as pessoas e para o meio ambiente.
[...]
De acordo com os números da própria EPA, a quantidade de rejeitos químicos perigosos produzidos nos Estados Unidos caiu de 278 milhões de toneladas em 1991 – quando Anastas cunhou a expressão “química verde” – para 35 milhões de toneladas em 2009. As companhias estão começando a dar maior atenção a seu impacto no ambiente. Mas não vamos nos entusiasmar – Anastas se deu muito bem, apresentou algumas ideias ótimas e alcançou a Casa Branca, mas os problemas das indústrias não foram resolvidos num só golpe. Longe disso. Muitas substâncias químicas importantes que formam a base de produtos cotidianos ainda são feitas pelo refino de petróleo, que não é uma fonte renovável e pode ser altamente poluente. Há muito mais a ser feito.
A química verde ainda é um campo novo. Espera-se que cresça rapidamente – segundo algumas estimativas, para algo em torno de 100 bilhões de dólares até o final da década. Mas Anastas não estará satisfeito até ter pintado a indústria química inteira de verde. Em uma entrevista ao principal periódico científico do mundo, Nature, em 2011, Anastas disse que em vinte anos seu objetivo supremo para a química é que ela adote completamente os princípios da química verde. Quando essa meta for alcançada, a expressão “química verde” deixará de existir por completo – química verde será simplesmente química.
- BIRCH, Hayley; 50 ideias de química que você precisa conhecer, p. 116-120.
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