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Nosso Amigo o Átomo

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Joaninhas e pragas agrícolas


Joaninhas e pragas agrícolas

Joaninhas são uma das principais espécies utilizadas para controle biológico de pulgões, como por exemplo, Aphis glycines, Rhopalosiphum maidis, Rhopalosiphum padi e Sitobium avanae.

Encontrada pela primeira vez em plantações de soja na América do Norte no ano de 2000, A. glycines pode causar perdas significativas nas produções de soja e milho, fazendo necessário o uso de defensivos agrícolas de aplicação foliar, o que pode ocasionar a resistência ao produto utilizado.

Um estudo realizado pela pesquisadora Kristina Prescott da University of Minnesota (2015), mostrou a diferença entre a densidade populacional e a taxa de predação de várias espécies de joaninhas em soja e milho. A espécie nativa Coleogilla maculata e a asiática Harmonia axyridis foram encontradas em maior abundância em relação às demais joaninhas.

Os pesquisadores notaram que nos campos de soja a joaninha americana possui baixa abundância quando comparada às demais joaninhas. Isso ocorre devido às suas características biológicas coexistindo nas plantações de milho, como: ovoposição e alto índice de predação de suas larvas, já que não estão acostumadas com a presença do pulgão asiático, predando-o esporadicamente.

Em relação à taxa de predação percebeu-se que as joaninhas predadoras de pulgões possuem diferentes respostas à densidade e identidade de suas presas, fato explicado por suas histórias coevolutivas. C. maculata possui menor taxa de predação do pulgão asiático, uma vez que não consegue identificar os compostos voláteis liberados pela planta durante a alimentação do mesmo. Em contrapartida, a joaninha asiática encontra facilmente a presa devido ao seu histórico evolutivo.

A identificação da presa é um fator determinante para a distribuição dos Coccinelídeos (joaninhas), o que pode influenciar a composição destes predadores em diferentes culturas. Concluindo, assim, que as joaninhas podem ser muito eficazes no controle de pragas nas culturas agrícolas.

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Joaninhas e Pulgões

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O que é um elemento?


O que é um elemento? Durante muito tempo, o fogo, o ar, a água e a terra foram considerados “os elementos”. Um misterioso quinto elemento, o éter, foi acrescentado para explicar as estrelas, já que elas não poderiam, como argumentava o filósofo Aristóteles, ser feitas de qualquer elemento terrestre. A palavra “elemento” vem do latim (elementum), significando “primeiro princípio” ou “a forma mais básica” – uma descrição nada ruim, mas que nos deixa pensando na diferença entre elementos e átomos.

A diferença é simples. Elementos são substâncias, em qualquer quantidade; átomos são unidades fundamentais. Um pedaço sólido do fósforo de Brand – incidentalmente, uma matéria química tóxica e um componente de gás neurológico – é uma coleção de átomos de um elemento em particular. No entanto, curiosamente, nem todos os pedaços de fósforo são iguais, porque seus átomos podem estar arranjados de modos diferentes, mudando a estrutura interna e também a aparência externa. Dependendo de como os átomos estão dispostos no fósforo, este pode ser branco, preto, vermelho ou violeta. Essas variedades também se comportam de modo distinto, por exemplo, fundindo-se em temperaturas completamente diferentes. O fósforo branco derrete ao Sol em um dia muito quente, enquanto o fósforo preto precisaria ser aquecido numa fornalha acima de 600 °C para se fundir. Entretanto, os dois são feitos dos mesmos átomos com 15 prótons e 15 elétrons. 

- BIRCH, Hayley; 50 ideias de química que você precisa conhecer, p. 16-17.

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Biologia - Glossário

Ácidos nucleicos: Moléculas de DNA ou RNA.

Adaptação: Evolução que produz características que fornecem aptidão a um ambiente.

Alelos: Diferentes variantes de um gene.

Aminoácidos: Blocos construtores químicos de polipeptídeos.

Aptidão: Capacidade de sobreviver e de se reproduzir.

Características: Atributos físicos de um organismo, inclusive a bioquímica invisível a olho nu.

Carboidratos: Moléculas de carbono, hidrogênio e oxigênio de que se alimenta a maioria dos organismos.

Células: Unidades de vida com membranas gordurosas para separar o metabolismo do entorno.

Citoplasma: O conteúdo de uma célula, excluindo o núcleo, em uma solução aquosa (citosol).

Código genético: Regras que permitem que as instruções genéticas sejam traduzidas em proteínas.

Cromossomos: Estruturas feitas de DNA e proteínas associadas.

Deriva genética: Processo que causa a evolução por meio da amostragem aleatória de um pool genético.

DNA: Ácido desoxirribonucleico, uma molécula com quatro bases (A, C, G, T) que forma pares de filamentos na dupla-hélice.

Egoísmo: Comportamento de um indivíduo ou gene que parece agir em seu próprio interesse.

Embrião: Organismo multicelular existente durante o desenvolvimento inicial, entre fertilização e nascimento.

Enzimas: Proteínas ou moléculas de RNA que possibilitam reações bioquímicas (catálise).

Epigenética: Transmissão de informação biológica que não é codificada como uma sequência de letras no DNA.

Espécie: Um tipo distinto de organismo, muitas vezes interpretado como uma população cujos membros podem se intercruzar.

Eucariontes: Organismos que consistem em uma ou mais células complexas que geralmente contêm um núcleo.

Evolução: Mudança para uma população ao longo do tempo.

Expressão gênica: Conversão de informação biológica em características físicas.

Fenótipo: Características que resultam de um genótipo.

Fisiologia: Os processos que sustentam um corpo.

Gametas: Células reprodutivas, geralmente óvulos ou espermatozoides.

Genes: Unidades de hereditariedade que codificam instruções para a produção de uma molécula de proteína ou RNA.

Genoma: Conjunto completo de genes ou ácidos nucleicos dentro de uma célula, indivíduo ou espécie.

Genótipo: Combinação de alelos para um ou mais genes.

Hábitat: Lar natural de uma população.

Hereditariedade: Transmissão de genes entre gerações, muitas vezes interpretada como dos pais para os filhos, mas também por divisão celular.

Homeostase: Manutenção das condições internas relativamente constantes.

Material genético: ver ácidos nucleicos.

Meio ambiente: O entorno físico e os organismos biológicos dentro de um hábitat ecológico.

Metabolismo: Reações bioquímicas que sustentam uma célula.

Mitocôndrias: Organelas presentes nas células eucariontes responsáveis por realizar principalmente a respiração.

Morfologia: Formato do corpo ou de parte do corpo.

Mutações: Alterações na sequência de letras em ácidos nucleicos.

Núcleo: Organela em células eucariontes que contém DNA e inicia a expressão gênica.

Nucleotídeos: Blocos construtores de ácidos nucleicos, cada um com uma das quatro “letras” ou bases químicas.

Organelas: Pequenos “órgãos” dentro das células que realizam, pelo menos, uma atividade.

Órgãos: Partes do corpo em um sistema que realiza uma atividade, como digestão ou reprodução.

Polipeptídeos: Moléculas codificadas por genes, cada uma feita de uma sequência de aminoácidos.

Pool de genes: Coleção de alelos em uma população.

Procariontes: Organismos que geralmente consistem em uma única célula com DNA nu no citoplasma.

Proteínas: Estruturas dobradas que executam funções em células, feitas de um ou mais polipeptídeos.

Recombinação: Criação de novas combinações de genes pela troca do ácido nucleico entre as seções dos cromossomos.

RNA: Ácido ribonucleico, uma molécula com quatro bases (U em vez de T de DNA) que frequentemente ocorre como cadeias simples.

Seleção natural: Processo que impulsiona a adaptação por meio da sobrevivência do mais apto.

Simbiose: Relacionamento próximo entre duas espécies que geralmente beneficia, pelo menos, um parceiro.

Tecidos: Grupos de células que executam uma tarefa, como movimento ou comunicação.

CHAMARY, J.V; 50 ideias de biologia que você precisa conhecer, p. 461-469.

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O Capitalismo e a Destruição da Cultura Alimentar


Há alguns anos, num livro intitulado The Cultural Contradictions of Capitalism, o sociólogo Daniel Bell chamou a atenção para a tendência apresentada pelo capitalismo para, na sua busca obcecada pelo lucro, provocar a erosão dos vários pilares culturais que conferem estabilidade a uma sociedade, mas impedem o avanço da comercialização. A refeição em família e, de um modo mais geral, um consenso cultural em torno do tema da alimentação parecem ser as últimas vítimas desse tipo a tombar diante do capitalismo. Essas regras e rituais eram obstáculos no caminho de uma indústria alimentícia que precisa vender mais comida a uma população já bem alimentada, recorrendo a novas e engenhosas técnicas de processamento, embalagem e marketing. Difícil dizer se um conjunto mais sólido de tradições teria resistido melhor a essa impiedosa determinação do mundo da economia; atualmente, os hábitos americanos associados à cultura da fast-food vêm adquirindo força cada vez maior, mesmo em lugares como a França.

Assim, como espécie, nós nos encontramos de volta quase onde começamos: onívoros angustiados lutando mais uma vez para compreender o que seria aconselhável comer. Em vez de nos apoiarmos na sabedoria acumulada numa tradição culinária, ou mesmo na sabedoria embutida em nossos sentidos, nos respaldamos nas opiniões de especialistas, na publicidade, nas pirâmides alimentares do governo e em livros de dieta, e depositamos nossa fé na ciência para distinguir as coisas para nós, uma tarefa que, no passado, foi desempenhada com muito mais sucesso pela cultura. Foi tamanho o talento que o capitalismo demonstrou para, no moderno supermercado e nas lanchonetes de fast-food, criar algo com alguma afinidade com o estado de natureza que nos sentimos de volta a um cenário perigoso e, em termos nutritivos, perturbador, sobre o qual o dilema do onívoro mais uma vez projeta suas sombras escuras.

- POLLAN, Michel; O Dilema do Onívoro, p. 227.

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Drones - Glossário



• Drone: é um termo genérico, usado para descrever desde pequenos equipamentos até aeronaves não tripuladas de aplicação militar.No Brasil, as aeronaves não tripuladas ainda são amplamente conhecidas como drones, termo muito utilizado pelos órgãos de imprensa e pelos usuários. Embora seja aceito, não tem amparo técnico ou defi nição na legislação existente. A sigla RPA, atualmente, tem sido a preferida pela comunidade, sobretudo pelos órgãos reguladores. A terminologia ofi cial no Brasil é RPA e VANT. 

Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT): é o termo usado para descrever todo e qualquer tipo de aeronave que não necessita de pilotos embarcados para ser guiada.

Aeromodelo: aeronave não tripulada com propósito recreativo: esporte, lazer, hobby ou diversão, etc. A diferença entre aeromodelo e RPA é o propósito de uso. Aeromodelo é destinado ao uso recreativo, enquanto RPA se destina a usos comerciais, militares e pesquisa.

Aeronave Remotamente Pilotada (RPA, do inglês Remotely Piloted Aircraft): subcategoria de Veículo Aéreo Não Tripulado. O piloto não está a bordo da RPA, mas controla remotamente o equipamento por uma interface externa (controle remoto, computador, simulador, dispositivo digital, entre outros). É utilizada de modo não recreativo: pesquisa, militar e comercial.

Sistema de Aeronave Remotamente Pilotada (RPAS, do inglês Remotely Piloted Aircraft Systems): sistema formado pela aeronave com estação de pilotagem remota, link de comando que possibilita o controle da aeronave e qualquer outro equipamento de apoio.

Adaptado de Coleção SENAR n°249

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Papa Francisco: “Por voracidade, o homem arruína a água que nos dá vida”


Bom dia, estimados irmãos e irmãs!

Muitas vezes somos tentados a pensar que a criação é uma nossa propriedade, uma posse a ser desfrutada a nosso bel-prazer e da qual não devemos prestar contas a ninguém. No trecho da Carta aos Romanos (8, 19-27) da qual há pouco ouvimos uma parte, o Apóstolo Paulo recorda-nos ao contrário que a criação é um dom maravilhoso que Deus colocou nas nossas mãos, para podermos entrar em relação com Ele e nela reconhecer o vestígio do seu desígnio de amor, para cuja realização todos nós somos chamados a colaborar, dia após dia.

No entanto, quando se deixa levar pelo egoísmo, o ser humano acaba por estragar até as coisas mais bonitas que lhe foram confiadas. E assim aconteceu inclusive no caso da criação. Pensemos na água. A água é um bem belíssimo e deveras importante; a água dá-nos vida, ajudando-nos em tudo, mas para explorar os minerais contamina-se a água, deturpa-se e destrói-se a criação. Este é apenas um exemplo. Há muitos outros. Com a trágica experiência do pecado, rompendo a comunhão com Deus, transgredimos a comunhão originária com tudo aquilo que nos circunda e acabamos por corromper a criação, tornando-a deste modo escrava, submetida à nossa caducidade. E infelizmente a consequência de tudo isto salta de maneira dramática aos nossos olhos, todos os dias. Quando rompe a comunhão com Deus, o homem perde a sua beleza originária e acaba por desfigurar tudo ao seu redor; e onde antes tudo remetia ao Pai Criador e ao seu amor infinito, agora tem o sinal triste e desolado do orgulho e da voracidade do homem. Explorando a criação, o orgulho humano destrói.

Contudo, o Senhor não nos deixa sozinhos e até nesta situação desoladora nos oferece uma nova perspetiva de libertação, de salvação universal. É aquilo que Paulo põe em evidência com alegria, convidando-nos a dar ouvidos aos gemidos de toda a criação. Com efeito, se prestarmos atenção, ao nosso redor tudo geme: a própria criação geme, nós seres humanos gememos, e até o Espírito geme dentro de nós, no nosso coração. Pois bem, estes gemidos não são uma lamentação estéril, desconsolada, mas — como esclarece o Apóstolo — são os gemidos de uma mulher em trabalho de parto; trata-se dos gemidos de quem sofre, mas sabe que está prestes a nascer uma nova vida. E no nosso caso é realmente assim. Nós ainda estamos a braços com as consequências do nosso pecado e, ao nosso redor, tudo ainda tem o sinal dos nossos esforços, das nossas faltas, dos nossos fechamentos. Mas ao mesmo tempo, sabemos que fomos salvos pelo Senhor e já nos é dado contemplar e prelibar, em nós e no que nos circunda, os sinais da Ressurreição, da Páscoa que atua uma nova criação.

Este é o conteúdo da nossa esperança. O cristão não vive fora do mundo, sabe reconhecer na sua vida e naquilo que o circunda os sinais do mal, do egoísmo e do pecado. É solidário com quantos sofrem, com que chora, com os marginalizados, com aqueles que se sentem desesperados... Mas ao mesmo tempo, o cristão aprendeu a ler tudo isto com os olhos da Páscoa, com os olhos de Cristo Ressuscitado. E então, sabe que vivemos o tempo da espera, o tempo de um anseio que vai além do presente, o tempo do cumprimento. Na esperança, nós sabemos que o Senhor quer purificar definitivamente com a sua misericórdia os corações feridos e humilhados, bem como tudo o que o homem deturpou na sua impiedade, e que deste modo Ele regenera um mundo novo e uma humanidade nova, finalmente reconciliados no seu amor.

Quantas vezes nós, cristãos, somos tentados pela desilusão, pelo pessimismo... Às vezes abanonamo-nos à lamentação inútil, ou então permanecemos sem palavras e nem sequer sabemos o que pedir, o que esperar... Mas vem de novo em nossa ajuda o Espírito Santo, suspiro da nossa esperança, que mantém vivos o gemido e a expetativa do nosso coração. O Espírito vê por nós além das aparências negativas do presente, revelando-nos desde já os novos céus, a nova terra que o Senhor continua a preparar para a humanidade. 

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Fome no Mundo


Nesse principio de século XXI, com os aproximadamente seis bilhões de seres humanos com que conta o planeta, por volta da metade vive na pobreza, com um poder aquisitivo equivalente a menos de dois dólares americanos por dia. Perto de dois bilhões sofrem de graves carências de ferro, iodo, vitamina A, de outras vitaminas ou minerais. Mais de um bilhão de pessoas não têm acesso á água potável e por volta de 840 milhões são vítimas de subnutrição, o que significa que elas nem sempre dispõe de ração alimentar suficiente para cobrir suas necessidades energéticas básicas, em outras palavras, que elas têm fome todos os dias 

(...)

A maioria das pessoas que tem fome no mundo não é, portanto, de consumidores urbanos compradores de alimento, mas de camponeses produtores e vendedores de produtos agrícolas E seu número elevado não é uma simples herança do passado, mas o resultado de um processo, bem atual, de empobrecimento extremo de centenas de milhões de camponeses sem recursos.

- MAZOYER & ROUDUART; História das Agriculturas no Mundo

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A Quarta Revolução Industrial

A primeira revolução industrial ocorreu aproximadamente entre 1760 e 1840. Provocada pela construção das ferrovias e pela invenção da máquina a vapor, ela deu início à produção mecânica. A segunda revolução industrial, iniciada no final do século XIX, entrou no século XX e, pelo advento da eletricidade e da linha de montagem, possibilitou a produção em massa. A terceira revolução industrial começou na década de 1960. Ela costuma ser chamada de revolução digital ou do computador, pois foi impulsionada pelo desenvolvimento dos semicondutores, da computação em mainframe (década de 1960), da computação pessoal (década de 1970 e 1980) e da internet (década de 1990).

Ciente das várias definições e argumentos acadêmicos utilizados para descrever as três primeiras revoluções industriais, acredito que hoje estamos no início de uma quarta revolução industrial. Ela teve início na virada do século e baseia-se na revolução digital. É caracterizada por uma internet mais ubíqua e móvel, por sensores menores e mais poderosos que se tornaram mais baratos e pela inteligência artificial e aprendizagem automática (ou aprendizado de máquina). 

As tecnologias digitais, fundamentadas no computador, software e redes, não são novas, mas estão causando rupturas à terceira revolução industrial; estão se tornando mais sofisticadas e integradas e, consequentemente, transformando a sociedade e a economia global. Por esse motivo, os professores Erik Brynjolfsson e Andrew McAfee do Massachusetts Institute of Technology (MIT) disseram que este período é “a segunda era da máquina”  no título do livro publicado por eles em 2014; estes dois professores afirmam que o mundo está em um ponto de inflexão em que o efeito dessas tecnologias digitais irá se manifestar com “força total” por meio da automação e de “coisas sem precedentes”.

Na Alemanha, há discussões sobre a “indústria 4.0”, um termo cunhado em 2011 na feira de Hannover para descrever como isso irá revolucionar a organização das cadeias globais de valor. Ao permitir “fábricas inteligentes”, a quarta revolução industrial cria um mundo onde os sistemas físicos e virtuais de fabricação cooperam de forma global e flexível. Isso permite a total personalização de produtos e a criação de novos modelos operacionais.

A quarta revolução industrial, no entanto, não diz respeito apenas a sistemas e máquinas inteligentes e conectadas. Seu escopo é muito mais amplo. Ondas de novas descobertas ocorrem simultaneamente em áreas que vão desde o sequenciamento genético até a nanotecnologia, das energias renováveis à computação quântica. O que torna a quarta revolução industrial fundamentalmente diferente das anteriores é a fusão dessas tecnologias e a interação entre os domínios físicos, digitas e biológicos.

Nessa revolução, as tecnologias emergentes e as inovações generalizadas são difundidas muito mais rápida e amplamente do que nas anteriores, as quais continuam a desdobrar-se em algumas partes do mundo. A segunda revolução industrial precisa ainda ser plenamente vivida por 17% da população mundial, pois quase 1,3 bilhão de pessoas ainda não têm acesso à eletricidade. Isso também é válido para a terceira revolução industrial, já que mais da metade da população mundial, 4 bilhões de pessoas, vive em países em desenvolvimento sem acesso à internet. O tear mecanizado (a marca da primeira revolução industrial) levou quase 120 anos para se espalhar fora da Europa. Em contraste, a internet espalhou-se pelo globo em menos de uma década. 

A lição da primeira revolução industrial ainda é válida hoje, a saber: um dos grandes determinantes do progresso consiste na extensão que a inovação tecnológica é adotada pela sociedade. O governo e as instituições públicas, bem como o setor privado, precisam fazer sua parte, mas também é essencial que os cidadãos enxerguem os benefícios de longo prazo. 

Estou convencido de que a quarta revolução industrial será tão poderosa, impactante e historicamente importante quanto as três anteriores. No entanto, tenho duas grandes preocupações sobre os fatores que podem limitar a realização efetiva e coesa da quarta revolução industrial. 

Primeiro, acredito que os níveis exigidos de liderança e compreensão sobre as mudanças em curso, em todos os setores, são baixos quando contrastados com a necessidade, em resposta à quarta revolução industrial, de repensar nossos sistemas econômicos, sociais e políticos. O resultado disso é que, nacional e globalmente, o quadro institucional necessário para governar a difusão das inovações e atenuar as rupturas é, na melhor das hipóteses, inadequado e, na pior, totalmente ausente.

Em segundo lugar, o mundo carece de uma narrativa coerente, positiva e comum que descreva as oportunidades e os desafios da quarta revolução industrial, uma narrativa essencial caso queiramos empoderar um grupo diversificado de indivíduos e comunidades e evitar uma reação popular contra as mudanças fundamentais em curso. 

- SCHWAB, Klaus; A Quarta Revolução Industrial, p. 19-21.

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A Importância das Plantas em Números

É sempre um bom negócio pesquisar novas plantas. Nunca se sabe o que é possível descobrir. Mais de 31 mil espécies diferentes tem uso documentado; entre elas, quase 18 mil são utilizadas para fins medicinais, 6 mil para alimentação, 11 mil como fibras têxteis e materiais de construção, 1300 para usos sociais (como em rituais religiosos e como drogas), 1600 como fonte de energia, 4 mil como alimento para animais, 8 mi para propósitos ambientais, 2500 como venenos etc. A conta pode ser feita rapidamente: cerca de um décimo das espécies tem uso imediato para a humanidade. (...) 

- MANCUSO, Stefano; A Revolução das Plantas, p. 08-09.

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