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Termos Geográficos


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Consumo de Gasolina


Em um dia normal em 2013, as pessoas nos Estados Unidos consumiram 9 milhões de barris de gasolina. Digamos que esse dia tenha sido 1° de janeiro. Então, o dia seguinte, 2 de janeiro, os Estados Unidos consumiram outros 9 milhões de barris e o mesmo no dia 3 de janeiro. Isso continuou todos os dias durante 365 dias, até que, no decurso de um ano, mais de 3 bilhões de barris foram consumidos, só nos Estados Unidos.

A maior parte desse volume de gasolina espantoso foi queimada em motores de combustão interna em veículos que, no total, viajaram perto de 4,8 trilhões de quilômetros. Agora pense que há apenas 150 anos não havia carros (fora os a vapor), motores de combustão interna movidos a gasolina ainda não tinham sido inventados e o primeiro poço de petróleo mal estava produzindo havia cinco anos. A ascensão do automóvel, abastecido com gasolina, tem sido verdadeiramente meteórica.


- BIRCH, Hayley; 50 ideias de química que você precisa conhecer, p. 236.

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Biossíntese


Biossíntese se refere a qualquer rota bioquímica – provavelmente envolvendo um sem-número de reações e enzimas diferentes – que uma coisa viva usa para fabricar uma substância química. Os químicos, porém, em geral se referem a rotas biossintéticas – que resultam em produtos naturais úteis ou passíveis de serem explorados comercialmente – quando falam de biossíntese. Foi esse o caso da penicilina de Fleming, é evidente, assim como o do azul índigo e da púrpura tíria. Embora haja índigos e púrpuras sintéticos hoje em dia, a púrpura tíria ainda é extraída de búzios a um custo enorme. São necessários 10 mil búzios Purpura lapillus para produzir um grama de púrpura tíria, que em 2013 custava estonteantes 2.440 euros. Há muitos outros exemplos, também. Os fabricantes de queijos têm se baseado em produtos naturais do Penicillium roqueforti – um parente do mofo que produz a penicilina – há séculos, na fabricação dos queijos azuis como o Roquefort e o Stilton.

A maior parte dos produtos naturais, de antibióticos a corantes, são substâncias químicas chamadas metabólitos secundários. Enquanto metabólitos primários são os tipos de substâncias químicas que os organismos precisam para sustentar a vida – como proteínas e ácidos nucleicos –, os metabólitos secundários são os que parecem não ter utilidade óbvia para o organismo (é claro que, em muitos casos, simplesmente ainda não descobrimos o uso que eles possam ter). Muitos metabólitos secundários são moléculas pequenas e específicas a um organismo em particular, e por isso é interessante descobrir que pigmentos de cores quimicamente semelhantes são produzidos por plantas, moluscos e bactérias. Ninguém sabe por que as bactérias residentes na floresta da Coreia produzem pigmentos azuis e vermelhos, do mesmo modo que ninguém sabe exatamente por que búzios marinhos na Austrália também os produzem.

[...]

Estimativas aproximadas sugerem que desde a descoberta da penicilina por Fleming, em 1928, bem mais de um milhão de produtos naturais distintos foram isolados de uma ampla gama de espécies diferentes. A maior parte desses produtos têm apresentado atividades antimicrobianas. Bactérias do solo, como aquelas do estudo coreano, são uma fonte rica de antibióticos. Acredita-se que elas podem produzi-los como armas químicas para combater outras bactérias, permitindo que os antibióticos compitam com outros microrganismos por espaço e nutrientes e talvez até se comuniquem entre si. A pesquisa em busca de novos antibióticos se tornou cada vez mais desesperada com o aparecimento de novas cepas de micróbios resistentes a doenças, como a Mycrobacterium tuberculosis resistente a inúmeras drogas. Os próprios microrganismos, portanto, podem ainda ser algumas das melhores fontes de drogas antimicrobianas. Os químicos trabalham com o princípio de que se conseguirem descobrir como uma molécula é produzida na natureza, poderão copiar a rota, ou até melhorá-la, para fazer sua própria versão. Grande parte do tempo de laboratório é, portanto, dedicada ao mapeamento das rotas biossintéticas que plantas, bactérias e outros organismos usam para fabricar suas substâncias químicas. Foi isso o que aconteceu no desenvolvimento da artemisina, uma droga sintética contra a malária. A fonte natural é uma losna doce, mas a planta não consegue produzir a droga nas quantidades necessárias para tratar milhões de pessoas afetadas pela malária todos os anos. Então os químicos partiram para a caracterização de todo o trajeto biossintético, e de genes e enzimas envolvidos. Agora, eles fizeram uma reengenharia no levedo para que este pudesse produzir a droga. A companhia farmacêutica Sanofi anunciou que tem a intenção de distribuir a artemisina “semissintética” como um empreendimento sem fins lucrativos.

- BIRCH, Hayley; 50 ideias de química que você precisa conhecer, p. 219-222.

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